Tempo de se afastar. Dar espaço, recuar. Ficar atrás, deixar pra trás. Certa vez, numa sala onde ele repousava, educadamente me interrompeu e pediu que falasse com mais clareza sobre os pensamentos que poderiam salvar algumas poucas coisas boas.
Entregue-os, disse-me.
Por estar sempre na tangente sufocante entre os dois mundos, o medo não era necessariamente linear. (O erro está justamente no objeto) sua coragem é má, o que vem a ser, no final das contas, se pensar bem, uma forma de covardia. Esboçou uma tentativa mal e porca de autocrítica. Já lida como um evento inconcluso hoje, ressente-se. Caminha trêmula, decidida a retomar relações, ser resiliente (sic) é vital. É preciso traçar uma linha entre o que se pode pensar e o que se pode fazer. O que deveria estar morto, descartado, totalmente desacreditado, está voltando de forma violenta. Deseja não ter estado tão comprometida com a pressa da atualidade. Quero correr, correr muito para um lugar calmo. Cair pra dentro de mim e esquecer o valor dos segundos ganhos ou perdidos (uma necessidade).
Torço para um luto abreviado.