Pois que naquela época o que mais se ouvia por ocasião das tais sequências históricas inevitavelmente era o ódio vivente instalado. Mas o momento não é de agitação, mas sim de pausa. A importância de refletir agora, pois que querem fazer do nosso dia seguinte uma impossibilidade. E há momentos em que o feminino se manifesta e todo o seu senso de abundância prevalece. Uma alma que quer ser corpo e carne, e as águas escorrem pelos dedos, a saliva se adensa. A aflição entrega meu pensamento na sua mão. Uma consciência, um pensamento sobe, mas não é, mesmo nas horas mais sãs, uma consciência, um pensamento independente. Levantou-se de tudo, calma, como as estrelas, brilhando eterna… pensamento-identidade.
Mil maravilhas e pequenos gozos salvam os dias. E no meio dessas maravilhas significativas do céu e da terra, credos, convenções, cair e se tornar vezes sem conta é imperioso. Antes esta ideia simples, como tudo que consome e singular como assim parecem, que outras mais complexas, encham nossos pensamentos. Marcar a nossa participação em uma comunhão maior de amarguras e gosto de derrotas, em que nunca estamos tão sós como podemos pensar em sentir.
A auto-consciência é um dos sintomas mais persistentes desde então.
Willy Ronis, Provencal Nude, Gordes, 1949