Você não encontrará a paz, nunca.
Imagine a pessoa que você mais ama. Imagine-a perto de você, sentados no sofá, comendo alguns grãos, falando sobre algo totalmente charmoso.
No caos a vontade os pegará. Quando houver um primeiro plano na imagem é prudente que tudo esteja bem iluminado, para guiar as nossas ideias.
A realidade irá quebrá-los por fora – como um galho seco ou uma urna de barro – ou desvendá-los por dentro, com o motim dos seus próprios pensamentos.
É sobre atingir o ápice na hora certa. O caos apodrecerá suas plantas, matará seus gatos e enferrujará sua bicicleta. Ele vai destruir suas memórias mais preciosas, derrubar suas cidades favoritas, destruirá qualquer santuário que você possa construir.
Não é se, é quando. A entropia está apenas crescendo; aos poucos desordeira de si, indisponível. Esses medos e esses pensamentos de se perder, todos eles entram nas pequenas decisões do dia a dia. A vida se segue com os sucessivos momentos que a gente não pega, não pega. É como uma coisa totalmente diferente e é muito mais contundente. E há uma série de expectativas, tudo está ficando cada vez mais curto. Mais justo, imediato, um sapato apertado.
É um padrão muito antigo, cansado e desgastado para ser imitado. Há um demônio em mim que só quer ser doce. E saio de lá para me conscientizar de quais e quantos são os inimigos e então fazer algo um pouco diferente por um tempo. E então você pode voltar e tudo mais, seguir em frente se receber a tarefa, mas acho que o principal é apenas perceber.
É sobre subexpor-se à cena e aplicar-se.