Teve uma época que li tudo da Clarice, os livros eram em conta, as capas lindas, o espaçamento das letras e das linhas perfeito, a escrita reveladora. Dessas que mastigam a gente. Época de pouco dinheiro, pouco acesso, muita vontade de cultura, de pensar diferente, de entender um pouco. Hoje já se consegue tanta coisa, né. Falta algum contexto, a estrutura está cedendo, no entorno tudo esta sendo esvaziado.
O problema para muitos é que por vezes os textos não são super lotados de acontecimentos, idas e vindas. Talvez pegar um ônibus, ir até um sebo, deslocamentos para pessoas que já lidam com a ansiedade e que podem ser especialmente mais vulneráveis no dia a dia, tentando encontrar a paz.
A gente deixa o prato do almoço de lado e come trabalhando. Tenho evitado conversas difíceis, primeiramente limpe totalmente a mente. Sensação de não conseguir enxergar absolutamente nada. O corpo todo dói, nos ossos, novamente, depois de anos. Difícil manter a sanidade assim.
Tantos cargos, desgovernos. Boquinha, uma coisinha ali. Você é excessivamente independente, excessivamente. Eles fazem coach de liderança, minha gente.

