Em um mundo caduco, onde a sucessão de erros escorre numa corrente de pessoas de bem, indignadas, envergonhadas, cheias de si e de razão. Considerei a enorme realidade e não distribuirei entorpecentes ou cartas suicida. Não há movimento que se sustente ou, no mínimo, que se sustente de maneira consistente. A manipulação assusta, mesmo que inebriante. São tantos pontos obscuros que eleger um chega a ser cruel. E sinto-me à vontade para dizer algo até que… e tudo voltaria ao normal… ou eventualmente a negativa dos interlocutores deixaria claro que nada poderia ser feito quanto à questão. Mas a resposta vem em modo de força desproporcional catalisando um processo que talvez levasse um tempo infinitamente maior para se cristalizar. Dito e redito por todos, os fins justificam os meios. Será que se apercebem que a ira, a vergonha, e aquilo tudo que foi dito também em inboxs alheios (e não lidos, não abertos e não escancarados, não violados) são duas faces da mesma moeda? Joguemos às claras então, abram suas gavetas.
Desta vez, porém, o(s) erro(s) feio(s) criou um monstro que se espalhou por todo o corpo e coração. A partir de segunda-feira, a questão definitivamente já não girava mais em torno de amizades (embrulhadas em papel celofane), o que foi feito ou deixado de fazer, girava em torno de uma violação (naquela lógica de que os fins justificam os meios), tão despudorada que o corpo enrijece. Sinto-me presa à vida e ao olhar julgador de quem não respeito. Mas também inquieto por perceber claramente que não se tem ainda uma ideia muito clara do que se está fazendo ou de como prosseguir. Vale se formos enjauladas – o que resulta numa combinação muito, muito perigosa.
Sinto-me muito ofendida. E sei que ofendi também.
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Je vois tout…
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