Sobe as escadas correndo e aos brados grita: porra nenhuma! Tem hora que é na base do grito mesmo. Vem pensando na finalidade de se fazer entender… A ideia é saber das tendências antecipadamente para evitá-las – elas não precisam ocorrer afinal. Num panorama mais realista do dia a dia tenta seguir, mas sabe que todo exercício da memória é ficcional.

Quem sabe não ser atingida por um golpe de sorte ou por uma farta generosidade alheia? Recorda os dias anteriores enquanto relê as conversas, revê algumas fotos, ouve músicas. Elas não são mais em si, mas em relação a si, assim, num poderoso componente racional. Mas tenta recuperar a origem e responder algumas questões… foi a falta, foi o excesso? É claro que escrevem o que podem, não o que querem.

Perde muito tempo ali a desdobrar passados, resolve-se pelo café e uma bala. Respira fundo e decide prosseguir com seu dia. Quando sai é pega pelo sol, lindo e escaldante.

Ganha um abraço, sincero sim, mas permanece de olhos vidrados.

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Helen Levitt, New York 4, 1972

 

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