Atravessando. Pensei que gostaria de estar tomando café numa galeria do centro, perto de uma livraria de usados, perto de uma loja de música com algum sucesso do momento tocando. Se desse sorte, seria um sucesso da escolha pessoal do vendedor e não teria televisão. Centrada no corpo que gosta de estar.
Eu tirei um dia pra pensar quem era eu. Tive que aceitar esse cessar fogo. Tendo que aceitar a flacidez da pele, da perna. É preciso uma quantidade de força imensa para ser simples. O fim permanente da guerra, detalhes negociados, continuará em vigor. Acho que para mim, é onde você vê algo com o qual se conecta e entende. Você tem que sentir algo e ressoar com isso em um nível em que isso seja familiar, talvez você tenha experimentado de alguma forma, um estado mental de pura confiança.
A partir de uma postura cada vez menos impulsiva, as situações embaraçosas seguem cada vez mais raras. Controle emocional definido com sucesso, mas assombrado pelos anteriores. É interessante a memória, quando voltamos e narramos, ressentimos.
Esse caminho foi mais difícil que conseguimos trilhar. Lançou ataques fracassados, e as nossas estruturas de defesa eram frágeis. Não dá pra voltar e não dá pra seguir adiante. Estou pelo bem estar, pela fragilidade, leveza e sutileza. Vivemos o inferno, mas podemos pensar na reconstrução com todos os nossos vizinhos.
