A falta dói, e eu nem sei como essa falta dói, mas vejo uma amiga se ver perdida, doendo ausência, prevendo a saudade, sentindo o oco.

O ‘nunca mais’ dilacera, arranca pedaço. Nos revolta, enraivece. A lógica está fora do nosso alcance, os motivos da escolha pela não-vida, não permanência junto daqueles que se é interligado enlouquece.

Entre um respiro e outro, o nó no estômago diz que não poderemos ser ou fazer tudo que queremos. E vem a verdade, aquela verdade que beira a impotência, e temos mesmo é que escolher como vamos nos comportar diante da vida.  Sempre que começo a perder o foco, lembro que não tenho muito tempo. Simples o fato de que se foi e não irá voltar.

Tudo está interligado e tudo que é interligado e composto está sujeito a impermanência.  Sidarta descobriu que impermanência não significa morte, como geralmente pensamos; significa mudança. 

Se fazer do avesso para um novo ciclo é o caminho, não há outro. Às vezes gostaríamos de pegar a dor do outro e fazê-la nossa, empatia pura, para que ela não sinta tanto, tudo, tanto, sozinha. Pois não está.

E, amiga:  espero que você encare o fim de qualquer ciclo como algo positivo. Já que somos os únicos responsáveis pelas nossas escolhas, podemos escolher um recomeço positivo para qualquer fim. Não falo de facilidades, mas de sobrevivência.

Fotor0807114356

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Um comentário sobre “A morte como combustível da vida

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