Realmente é secundário, disse, além de sugerir ansiedade e desordem para obter o direito aos prazeres. Adoece, intencionalmente indica medo, uma falta de disposição. Desloca no espaço o direito de transmitir sua amargura. A boca muda fica seca, inflamada, o corpo tenso dói. A luta e a exigência para se estar bem e continuar lutando entristece. Porque não conseguia sentir-se bem, afinal… tudo está bem, ela sabia, tudo está caminhando, ela insistia. Tudo tem solução, ouvia.
Na história de vida, de fontes não competentes, os movimentos repetidos e instaurados são sedimentados nos músculos, dizem que é memória. Talvez seja uma perdição num enlace que merece ser sua contraparte. A respiração presa sustenta a pausa do nó na garganta. Faz esse movimento repetidas vezes pois sabe que assim que o ar voltar a transitar no corpo a dor voltará. Tenta abrandar os sentimentos pra que fiquem menos insuportáveis, pensamentos, melhor dizendo.
Preciosidades de um recolhimento emocional deve ser compreendido como importante. Quietinhos e recolhidos, tão densa quanto o último respingo dela.
Tenta, com vontade, assegurar seu torrão de açúcar que são dados aos de boa vontade, bom humor, aos que reconhecem sua sorte, aos que não resmungam e têm boa disposição o tempo todo (e não se cansam de sorrir).
Janine Antoni, Ingrown, 1998