Estava achando muito difícil que ele viesse esta noite – quer que seja bastante passageiro, quer tivesse mantido tudo separado. Lá fora quase noite e esse frio que não passa. Brincando na intimidade até que algumas lembranças não sejam fonte de vergonha. O bom era o dito com alguma voracidade. O que se tem a fazer era se privar de algo, sacrificar, provar a deus que você entende sua santidade. A ti uma parte desse futuro é construída e a outra é obra do acaso. O lusco fusco esteve único. A poeira a ser lamacenta estava a depender do que mais falta – água, nem que em lágrimas. Era o que ela precisava escutar no momento “abrir(-se)”! Parcialmente a nossa própria vida não dizia nada, era nada demais pra ninguém. Tenta aquietar a ignorância com o silêncio, sentir as suas falhas decapitarem sua língua. Diante de semelhante estrondo pensa que de qualquer modo “é preciso olhar com muito cuidado”. O ar recuando do seu peito porque não se sentia seguro nos pulmões (precisava tossir um pouco). Às vezes tudo que as pessoas querem ser é ‘humanas’.
Precisava limpar a geladeira. Urgentemente.
