Antes, bem antes daquilo, o cotidiano era um andar nas alturas. Um ritmo acelerado a duras penas buscando um teco de serenidade. Extenuada, enfrentou contigo as palavras. Um desejo antigo aquele, meio sem dono, sombrio e repetitivo, dava tempo para um suspiro. E que escura me fiz, se a fome vem larga e espessa, atordoando os sentidos, talvez fosse saudade. De agora em diante, fábula conceitual. Fruta boa da isenção de vontade, alheio à dor. Guardemos o contraditório, então. O que estamos fazendo de nós. Olho que não pode ser, não pode ser em nenhuma direção. Paisagem. Tem um dia que você consegue, e por alguma razão começo a desconfiar. Ver é para que se seja algo. Ausência. Algo absurdo e sem sentido, vontade de conhecer mais afetos, contundência. Vai ter um dia que vão fazer uma festa pra você. Oscila. O sentido é sempre o do tato, na direção da alegria do desejo. É importante que ele venha de longe, cheio de marra, cheio de respostas para a vida, que contamine a todos pela potência da vida. Independentemente do vivente.
