Uma ausência prenhe. Existe uma palavra em japonês para isso, Ma. Não sei se é. Essa é uma pergunta difícil. Perguntei esta pergunta e não sei qual é a resposta. Eu me sinto feliz por estar fazendo isso, sinto-me feliz em poder pensar sobre as coisas em que estou pensando e criar algo fora delas, mas não sei se eu vou melhorar por causa disso ou qualquer outra coisa. Ainda mais, de uma maneira estranha, não quero nada de exagerado e de certa forma, isso me parece quase puro e mais do que precioso.
Eu ainda sou a mesma pessoa. Mas é uma vida.
Talvez, nos vejamos – pode ser com algumas bebidas, taças na mão, ruas estreitas, passo lento. Quero planícies, luz completa do sol, ar fresco. Eu diria que eu sou muito incansável e estou sem medo. Precisa-se ter resistência e uma pele muito grossa. É difícil ouvir as pessoas explicarem uma e outra vez porque seus elementos não funcionam, porque eles não acreditam… É difícil ouvir “não” quando se está apenas tropeçando pela vida. O tempo todo.
Pode ser imperioso que se tenha o estômago necessário para assimilar o que ficou insustentável de se fingir, o que se (re)existe/iu. Se você acredita ou não em regras torna-se indiferente, o baile segue. Penso que provavelmente há exceções a tudo. Onde estão as lágrimas de ontem à noite? Elas se sentariam ao meu lado em casa e isso seria real, de alguma forma. Ninguém mais poderia fazer isso por mim.