Uma paixão com uma entrega sem fim.
Eu acho que precisava de escrever um livro que confessasse a dúvida, a vergonha e o pânico, enquanto a gente vive a narrativa sobre a qual homens escrevem. E eles acreditam (risos). Pássaro por pássaro. A gente tem que ter certeza de que não vai dar nada errado. E eles não estão realmente revelando todos os níveis psicológicos que entram nessa violência enlouquecida, na esteira rolante circular hedônica da conquista, fugindo do banal e do ordinário.
Como podemos fazer isso funcionar?
Lâmina fria de um diagnóstico terminal, repentino e próximo ao osso. Acordamos para a realidade livre com um grito, um silêncio, um aleluia oco. A noção do que os homens fazem para provar que são verdadeiramente homens, isso nunca vai desaparecer.” A batalha é longa. E existem muitos momentos em que falta o ar. Fadiga, paralisia e entorpecimentos.
Às vezes, ao invés disso, eu me agito.
Não encontrei muitos detalhes sobre o que eu precisava escrever, nem como escrever. Então terei que inventar muito. Eu não tenho ideia de como serão as cabanas ou a paisagem, tudo, quero dizer que tudo terá que ser inventado. Mas tem a invenção de uma memória ou partindo dela. Singularizando cada espaço, esticando ao máximo o conceito poderoso que é a relação aguda de como a gente olha pras cosias. E penso que ando fazendo tudo muito mal. E que é absurdo que eu estivesse escrevendo qualquer coisa. Olhando para trás, escrever parecia urgente.
Eu até tentarei escrever novamente, outro conto. Pode ser suficiente qualquer motivo, é isso que deve acontecer, então tudo bem se eu me render.