Eu sou a sua cara, disse. E eu a sua. – respondi. Ambos possuem armas de grosso calibre e uma mira perfeita no ponto certo do outro. Contra o quê mesmo? Para uma coisa importante e rara a nós, como coração. O que não é pouca coisa.
Não agir seria pura precipitação e recolher histórias fazendo carinho é a melhor ação. Você poderia terminar ouvindo coisas duras – permaneça na tranquilidade meditativa. E quando foi preciso sentir o que era preciso sentir, não soube como.
E por causa disso já foi possível perceber um volume imenso na sua voz. A janela entreaberta preocupava, os vizinhos… escrevo só pra me lembrar de cobrir todos os focos.
O serviço encarece, mas não melhora. O Outro acha que tem o direito de afogar tudo aquilo que eu, no nosso mundo, tão pessoal tão precário e incerto, percebo e necessito. E deve falar-se abertamente.
Hão de se proteger.
Arno Rafael Minkkinen, Self-portrait with Tuovi, Karjusaari, Lahti, Finland, 1992