Renovando as juras de amor, viu o impacto que as emoções causam em suas vidas. E em especial na sua.
Na lógica do ‘antes tarde do que nunca’ estimou que tinha duas a três horas livres por dia, e se deixou invadir pela maior beleza do mundo. Identificando suas forças, ter e dar amor, que teimam em queimar a face, que fica vermelhinha e quente (só de lembrar).
Pega um pedaço de papel e anota todos os olhares doces, toques precisos – é um bom lugar para começar. Entender-se de forma completa com tudo de bom, de mau e de feio, é comprometedor e assim mesmo lhe traz calma. Consegue silenciar-se. Acredita-se que todos os pecados são igualmente graves, assim como igualmente errados. Percebeu que não é bem assim, como negar as nuances, os pormenores, os detalhes, aquelas pequenas miçangas nos cantos da gaveta? Estivera condenado a sentir-se passível de alguma punição, por todos os erros, todos as afeições violentas. É uma armadilha que se criou para si mesmo. Estava convencido disso. E diante de uma suposta situação em que fosse exigida maturidade diria que seus gostos diziam tudo sobre você.
Querendo preservar o bom estado das coisas e dos sonos, retira sua inquietude e quer um pouco de sopa, sopa quente. De queimar a língua. Incomunicável ficaria então.