Gostaria de ser coesa, calma e frívola. Nunca esqueço daquele vapor prolongado e suave dos meus 14 anos. Sonhava adeuses e sombras, dragões e gigantes. Cá estamos nós, nesse lugar, largamos as tralhas, as bolsas e as pedras. Nus a olhar grãos. Quando a comunicação deixa de existir, e as pedras fazem parte do alfabetário, o mar engole o sol e nem a lua traz a palavra novamente. Duvidam, não acreditam, retrucam. Aí eles querem explicações mais pro grotesco que pro alívio. ‘Até quando vais guardar o segredinho?’ Perguntam. Numa ilusão obstinada e persistente tentam dar algo de si mesmos, tentam; devem gostar de azeitonas e besouros. Saem dali, se separam na esquina, leve aceno, sorriso amarelo cheio de lua, pé ante pé. Certezas do imaginário.

 

 

 

 

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