Para deixar claro que as mais procuradas eram aquelas palavras, por assim dizer, que voluntariamente fariam esquecer muitas recordações do passado. De se abrir mão de prazeres (mesmo que em recordações) (o que não são capazes de fazer algumas imagens lembradas, hein). Esquecem que o resultado natural de uma alma é o desejo. O abandono de ver a imagem que reflete um passado quase recente acaba por fazer mentir a nós mesmos (e quiçá nos agradar) — um trabalho incansável de engano. Ahn! Que não faltará uma legião de “bons conselheiros” querendo se meter na sua vida com nossas próprias mãos! (Mãos, só as minhas). Agora é possível dar uma reviravolta (suspiro), se lhe apetecer. (Caí nos meses passados mas estou inteira, só com um pouco de dor) (desconstruída, descabelada, amarga, sedutora, ameaçadora). Emocionalmente menos estável — síntese de um corpo ancorado por pura angústia, pressa. (Lembrando do que passou você merece o amor). Aquilo que evitamos não deixa de existir (pudera que assim fosse), apenas passa a atuar de uma forma mais sorrateira. Aí sobrevém: acontecer depois de (outra coisa) o desejo de (re)existir.