Vamos parando aí, vamos parada. Eu? Agora! Eu? Está indo pra onde? Não é daqui? De onde é? Os pensamentos voaram, a imaginação flutua procurando resposta; Aviso! Proteção expirada hoje. Logo quis responder, moço, só estou tentando encontrar o passo da vida, só estou tentando encontrar o frescor. Moço, você, ops, o senhor, seu puliça, pode me ajudar nisso? A senhora, madame, me diz logo, sem virar os olhos, está indo pra onde? Mas pra que raios de filosofia agora, jesus, posso abaixar as mãos? Posso abaixar a guarda? Posso largar as pedras que trago aqui comigo? Senhora, a pergunta é simples e direta, a senhora está se encaminhando pra onde? Estou indo ali, logo ali, um cigarro, uma cerveja, algumas balas. Desculpe ó moço, não tenho documentos agora, vim de muito perto, umas balas tenho no bolso, o senhor deve saber, pro caso da glicose… Senhora, quem lhe perguntou sobre glicose, senhora? O senhor deve de saber, que a gente num tem pra onde ir. No fundo, a gente é perdido, não falo de mim, senhor, falo de todos nós, as pessoas tem preferências meio peculiares sobre a minha pessoa, quer dizer, sobre todos de todos, o senhor me entende? O que traz aí? (mãos que nem sinto tocam meus bolsos perto da virilha, nádegas, coxas. Ainda bem que eram poucos bolsos, penso. Mas invadem minha pele, invadem o que sou). Balas, mentos coloridos, uns cigarros, e uns dinheiros. Ele retira tudo, me devolve as balas. Posso pegar? Pegar o quê? O que está querendo? Hein? Os cigarros espalhados, as balas talvez. Só isso que quero.

Amém a todos.

mentos-rainbow-balas-mastigáveis-sabor-frutas

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